A Tribulação e os Judeus
Ministrando a Palavra de Deus com Graça e Muita Alegria!
Em meio a tantas dúvidas e questionamentos em relação aos acontecimentos dos últimos dias está a pergunta de um milhão de dólares: O Corpo de Cristo está mesmo destinado por Deus a passar pela grande tribulação?
Daí surge a necessidade de se considerar o que as Escrituras chamam de “A Grande Tribulação”. Afinal, no meio acadêmico existe um debate conceitual sobre o que seria a tal da Tribulação. Seria uma suposta futura perseguição dos pecadores contra os cristãos? Seria o derramamento da ira de Deus sobre os pecadores? A perseguição do Anticristo e seus exércitos contra o povo judeu? Um evento extraordinário onde os poderes dos céus e da terra serão abalados como manifestação do juízo divino? Ou uma mistura de alguns destes elementos numa coisa só?
Em termos gerais podemos dizer que a tribulação futura sobre a qual a Bíblia fala, que está associada ao tempo da manifestação do Anticristo em Jerusalém, será um período de uma aflição sem precedentes e sem repetição. Em outras palavras, segundo Jesus, será um tempo de tamanha tribulação como DESDE O PRINCÍPIO DO MUNDO NUNCA HOUVE e NUNCA JAMAIS HAVERÁ (Mateus 24.21 e Marcos 13.19).
Acredito que a única maneira de compreender o que Jesus tinha em mente quando proferiu os terríveis acontecimentos listados no famoso texto de Mateus 24 seja levando a sério o contexto claro da ocasião e comparando-o com outros textos que parecem apontar para este mesmo período único na história: a tal da tribulação sem precedentes e sem repetição. Como se trata de um acontecimento isolado, pontual (sem precedentes e sem repetições), não deveria ser difícil de identifica-lo nas Escrituras, pois afinal será um tempo único, sem repetição na linha do tempo.
Temos diversas passagens bíblicas falando sobre este futuro tempo de tormento e angústia que há de vir. O profeta Jeremias declarou: “Ah! Que grande é aquele dia, e NÃO HÁ OUTRO SEMELHANTE! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela” (Jr 30.7). Daniel também registrou: “Haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo” (Dn 12.1). Um pouco depois Daniel acrescentou que tais coisas se cumpririam somente “depois que acabasse o poder do povo santo” (Dn 12.7). Os textos acima estão falando sobre um tempo de angústia para o povo de Israel que os quebrantará, mas ao final Israel será salvo.
O POVO SANTO
Por causa da influência irresponsável da teologia da substituição alguns hoje em dia não entendem textos como Daniel 12.7 quando falam sobre “o povo santo”. Supõem, erroneamente, que textos assim falam sobre a Igreja e não sobre o povo de Israel. Acham que as Escrituras não chamariam Israel de “o povo santo” depois de terem rejeitado o Senhor Jesus e que somente a Igreja poderia ser chamada assim (ainda que na época do texto de Daniel a Igreja de Cristo sequer existia). No entanto, tudo isso não passa de tolice. Simples tolice e uma possível falta de conhecimento do Novo Testamento. Se a Igreja tivesse tomado o lugar de Israel não teríamos textos no próprio Novo Testamento que continuam fazendo a diferenciação entre um e outro (1 Co 10.32, Atos 4.10, Atos 3.12, Atos 5.21). Paulo falando da dureza dos judeus em relação à vontade de Deus ainda pergunta: “Terá Deus, porventura, rejeitado O SEU POVO?”. O próprio Paulo responde: “De modo nenhum! Porque eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. DEUS NÃO REJEITOU O SEU POVO, a quem de antemão conheceu” (Romanos 11.1-2). Que “povo de Deus” é esse do qual Paulo está falando? O Corpo de Cristo? A igreja? Claro que não! Paulo está chamando Israel de O POVO DE DEUS! E caso alguém não tenha percebido, Paulo está dizendo isso depois de a Igreja do Senhor Jesus já ter sido estabelecida. A razão disso é porque Paulo não confundia as coisas como alguns estão fazendo hoje em dia. É pela falta de compreensão de que os judeus são o povo escolhido de Deus que ao lerem em Mateus sobre os “elei…
Em meio a tantas dúvidas e questionamentos em relação aos acontecimentos dos últimos dias está a pergunta de um milhão de dólares: O Corpo de Cristo está mesmo destinado por Deus a passar pela grande tribulação?
Daí surge a necessidade de se considerar o que as Escrituras chamam de “A Grande Tribulação”. Afinal, no meio acadêmico existe um debate conceitual sobre o que seria a tal da Tribulação. Seria uma suposta futura perseguição dos pecadores contra os cristãos? Seria o derramamento da ira de Deus sobre os pecadores? A perseguição do Anticristo e seus exércitos contra o povo judeu? Um evento extraordinário onde os poderes dos céus e da terra serão abalados como manifestação do juízo divino? Ou uma mistura de alguns destes elementos numa coisa só?
Em termos gerais podemos dizer que a tribulação futura sobre a qual a Bíblia fala, que está associada ao tempo da manifestação do Anticristo em Jerusalém, será um período de uma aflição sem precedentes e sem repetição. Em outras palavras, segundo Jesus, será um tempo de tamanha tribulação como DESDE O PRINCÍPIO DO MUNDO NUNCA HOUVE e NUNCA JAMAIS HAVERÁ (Mateus 24.21 e Marcos 13.19).
Acredito que a única maneira de compreender o que Jesus tinha em mente quando proferiu os terríveis acontecimentos listados no famoso texto de Mateus 24 seja levando a sério o contexto claro da ocasião e comparando-o com outros textos que parecem apontar para este mesmo período único na história: a tal da tribulação sem precedentes e sem repetição. Como se trata de um acontecimento isolado, pontual (sem precedentes e sem repetições), não deveria ser difícil de identifica-lo nas Escrituras, pois afinal será um tempo único, sem repetição na linha do tempo.
Temos diversas passagens bíblicas falando sobre este futuro tempo de tormento e angústia que há de vir. O profeta Jeremias declarou: “Ah! Que grande é aquele dia, e NÃO HÁ OUTRO SEMELHANTE! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela” (Jr 30.7). Daniel também registrou: “Haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo” (Dn 12.1). Um pouco depois Daniel acrescentou que tais coisas se cumpririam somente “depois que acabasse o poder do povo santo” (Dn 12.7). Os textos acima estão falando sobre um tempo de angústia para o povo de Israel que os quebrantará, mas ao final Israel será salvo.
O POVO SANTO
Por causa da influência irresponsável da teologia da substituição alguns hoje em dia não entendem textos como Daniel 12.7 quando falam sobre “o povo santo”. Supõem, erroneamente, que textos assim falam sobre a Igreja e não sobre o povo de Israel. Acham que as Escrituras não chamariam Israel de “o povo santo” depois de terem rejeitado o Senhor Jesus e que somente a Igreja poderia ser chamada assim (ainda que na época do texto de Daniel a Igreja de Cristo sequer existia). No entanto, tudo isso não passa de tolice. Simples tolice e uma possível falta de conhecimento do Novo Testamento. Se a Igreja tivesse tomado o lugar de Israel não teríamos textos no próprio Novo Testamento que continuam fazendo a diferenciação entre um e outro (1 Co 10.32, Atos 4.10, Atos 3.12, Atos 5.21). Paulo falando da dureza dos judeus em relação à vontade de Deus ainda pergunta: “Terá Deus, porventura, rejeitado O SEU POVO?”. O próprio Paulo responde: “De modo nenhum! Porque eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. DEUS NÃO REJEITOU O SEU POVO, a quem de antemão conheceu” (Romanos 11.1-2). Que “povo de Deus” é esse do qual Paulo está falando? O Corpo de Cristo? A igreja? Claro que não! Paulo está chamando Israel de O POVO DE DEUS! E caso alguém não tenha percebido, Paulo está dizendo isso depois de a Igreja do Senhor Jesus já ter sido estabelecida. A razão disso é porque Paulo não confundia as coisas como alguns estão fazendo hoje em dia. É pela falta de compreensão de que os judeus são o povo escolhido de Deus que ao lerem em Mateus sobre os “eleitos” ou “escolhidos” que alguns supõem que o texto está falando de cristãos de forma geral (Mateus 24.22, 24, 31).
PERSEGUIDOS POR CAUSA DO MEU NOME
Outro problema de interpretação que enfrentam aqueles que pensam que a Grande Tribulação futura seja o destino dos cristãos se encontra nos textos onde Jesus disse “sereis atribulados por causa do meu nome” (Mateus 24.9) ou “sereis açoitados por minha causa” (Marcos 13.9) ou “vos perseguirão por causa do meu nome” (Lucas 21.12). Tais textos demonstram claramente que a perseguição mencionada acontecerá a cristãos, pois em todos os textos alguma expressão deixa isso evidente: “por minha causa” ou “por causa do meu nome”. Todavia, o que alguns irmãos deixaram de considerar é que Jesus estava relatando diversos acontecimentos que se desenrolariam num período de tempo considerável. Durante seu discurso Jesus prevê a futura destruição do templo em Jerusalém, mas logo em seguida menciona a presença do Anticristo no “lugar santo”, prevendo talvez uma possível futura reconstrução do mesmo templo que pouco tempo atrás ele dissera que seria destruído. O fato é que ao longo do seu sermão ele trata de alguns eventos que não acontecerão exatamente no mesmo tempo.
Quando Jesus fala sobre seus discípulos serem perseguidos e maltratados, parece-me que ele se referia aos discípulos com os quais ele falava diretamente e não sobre supostos futuros discípulos numa época distante. Digo isso porque ao examinar o texto deixado por Lucas, vemos que ele parece tentar apresentar os acontecimentos de forma cronologicamente mais organizada. Em Lucas 21.8 Jesus disse que “muitos viriam em seu nome dizendo ser eles o Cristo”. Depois, Jesus fala que em certo momento eles ouviriam falar de guerras e revoluções e diz que estas coisas deveriam acontecer PRIMEIRO, mas o fim não seria logo (Lc 21.9). Daí ele acrescenta alguns detalhes relacionados a estes acontecimentos iniciais (que deveriam vir primeiro): “levantar-se-á nação contra nação… haverá grandes terremotos, epidemias, fome, coisas espantosas e grandes sinais do céu” (Lc 21.10,11); PORÉM, no verso 12, Jesus diz que ANTES DE TODAS ESTAS COISAS (dos versos 9 ao 11), lançariam mão dos seus discípulos e os perseguiriam entregando-os às sinagogas e aos cárceres, levando-os à presença de reis e governadores, por causa do seu nome. A ordem dos acontecimentos que Lucas parece ter tentado organizar seria a seguinte:
- Antes de tudo os discípulos de Cristo seriam perseguidos por causa do seu nome; seriam entregues às sinagogas dos judeus e tudo isso para que os cristãos lhes dessem testemunho (Lc 21.13);
- Depois disto viriam as guerras e revoluções, terremotos, epidemias, fomes, e tudo aquilo que é listado entre os versículos 9 e 11;
- Posteriormente surgiriam falsos Cristos dizendo: “chegou a hora!”
Ora, se Jesus estivesse mesmo querendo dizer que todos os cristãos teriam que passar pela futura Grande Tribulação que há de vir ao mundo, ele não deveria ter dito que ANTES DE TODAS AS COISAS os cristãos seriam perseguidos. Jesus não estava falando de uma perseguição num futuro distante, mas de uma perseguição praticamente imediata à sua morte e ressurreição. Ainda que a Bíblia, como um todo, ensine que cristãos sofram perseguições em sociedades hostis ao Evangelho, no texto em questão Jesus não estava se referindo a todos os cristãos do mundo, em todos os lugares e todos os tempos. Ele falava sobre cristãos, na sua grande maioria descendentes de Abraão, que dariam testemunho antes de qualquer coisa a compatriotas judeus, que os arrastariam para as suas sinagogas.
ANGÚSTIA PARA JACÓ
Considerando os textos de Daniel e Jeremias que lemos anteriormente, vemos que falam da “angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo” e que será um “tempo de angústia para Jacó”, ou seja, “para Israel”. Por isso o texto de Daniel diz que tais coisas se cumprirão quando “acabar o poder do povo santo”, ou como dizem outras versões: “depois de o povo de Deus ter perdido o seu poder”. Tais textos deixam claro que este futuro tempo de angústia sem igual está diretamente relacionado ao povo de Israel. Se lermos os textos do sermão profético de Cristo com isso em mente, tudo fará mais sentido.
Os profetas hebreus já tinha falado sobre “um tempo de tormento destinado aos judeus” e quando Jesus fala sobre este futuro momento de grande aflição como nunca houve e jamais haverá, obviamente ele só poderia estar falando do mesmo tempo de angústia destinado aos judeus como já previsto pelos profetas. Jesus não poderia estar falando sobre “um segundo momento” sem igual; até porque, se são dois momentos “sem precedentes e sem repetição”, nenhum dos dois seria de fato “único e singular”, ou “sem paralelos na história”, como havia sido profetizado.
JERUSALÉM, A CIDADE QUE MATA PROFETAS
O discurso profético de Cristo em questão foi proferido uma única vez, mas registrado em pelo menos três lugares diferentes: Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. Em relação ao texto de Mateus é importante observar aquilo que o escritor parece ter achado por bem unir como um bloco lógico só: a indignação de Cristo contra os líderes de Israel, Jerusalém e os judeus ao longo do capítulo 23 e os detalhes da futura devastação de Jerusalém e sofrimento do povo judeu no capítulo 24.
A decepção de Jesus em relação aos judeus parece clara em Mateus 23 e quando damos atenção às declarações por ele proferidas neste capítulo, um pouco antes dele passar a falar das aflições que viriam a ser registradas em Mateus 24, fica difícil imaginar que uma coisa não tem ligação com a outra. Em Mateus 23.2 Jesus fala sobre a “cadeira de Moisés” estar ocupada pelos escribas e fariseus e acrescenta que estes novos guias do povo judeu até ensinam o que é certo, mas fazem tudo errado. No verso 13 Jesus diz claramente que os escribas e fariseus não entravam no reino de Deus e impediam os judeus de entrar. No verso 15 Jesus fala que mesmo os gentios convertidos pelos escribas e fariseus não eram abençoados. Jesus os chama de cegos, insensatos, hipócritas, serpentes, raça de víboras e os compara a sepulcros caiados. Jesus disse que a medida de pecado deles estava completando a de seus antepassados (v. 32) e que a condenação deles seria o inferno (v. 33). No verso 34 Jesus diz que enviaria ao povo judeu profetas, sábios, eruditos e mesmo assim os judeus “matariam e crucificariam alguns deles; a outros açoitariam em suas sinagogas e perseguiriam de cidade em cidade”. Lembre-se que é exatamente a respeito dessa perseguição que Jesus vai tratar com seus discípulos no capítulo seguinte durante o sermão profético, embora Mateus não deixe isso tão explícito quanto o deixam Marcos e Lucas (Mt 2.9, Mc 13.9, Lc 21.12,13).
Ainda expressando seu descontentamento pela dureza do coração do povo judeu, Jesus chega a dizer que sobre os judeus recairá TODO O SANGUE justo DERRAMADO SOBRE A TERRA, desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias. Este Zacarias, mencionado por Jesus, talvez seja aquele que foi assassinado no livro de 2 Crônicas que era o último livro na ordem do cânon hebraico; ou seja, Jesus parecia estar falando que o sangue de todos os justos mortos, desde a fundação do mundo até então, recairia sobre os judeus. O ápice da forte declaração de Jesus contra o povo judeu aparece nos versos 37 a 39 quando ele diz que “Jerusalém é cidade que mata os profetas e apedreja aqueles a quem Deus envia até ela. Muitas vezes ele quis reunir os filhos da pátria judaica como a galinha ajunta seus pintinhos, mas os judeus não quiseram”. E, finalmente, a sentença resumida ao povo judeu é: “Vossa casa ficará deserta!”
Não é à toa que Mateus tenha escrito as declarações de Mateus 24 como uma sequência lógica ou como o desenvolvimento da ideia do que ele vinha escrevendo no capítulo anterior:
- A presença do abominável da desolação no lugar santo, uma referência a Jerusalém;
- A necessidade de os judeus fugirem da região de Judá;
- Orações deveriam ser feitas para que esta fuga não tenha que ser feita num dia de sábado, pois os judeus tem regras quanto às distâncias que podem ser percorridas em dia de sábado.
Ao conferir o texto de Lucas 21, que registra este mesmo discurso de Cristo, ele fala que:
- Esta será “a devastação de Jerusalém” e que;
- Serão “dias de vingança”, para se cumprir tudo o que está escrito;
- Porque haverá “grande aflição na terra” e;
- “Ira contra este povo” (judeu);
- Pois “Jerusalém será pisada” até o tempo predeterminado.
Jesus disse em Mateus 24.34: “não passará esta geração sem que tudo isto aconteça”. Há pelo menos duas formas de se entender os versículos 33 e 34: Uma é que “a geração da época do povo que vir todas estas coisas não passará” ou simplesmente que “este povo não passará sem que tudo isso aconteça”. A palavra grega traduzida por “geração” pode significar época, descendência, povos de uma época ou uma determinada etnia. É possível que Jesus estivesse falando sobre a própria existência dos judeus e o cumprimento das profecias das quais eles eram objeto; alguma coisa mais ou menos como: “os judeus verão tudo isso acontecer”.
O JUSTO JUÍZO DE DEUS
As Escrituras declaram que aquele que tem o filho de Deus tem a vida eterna; aquele que, todavia, SE MANTÉM REBELDE contra o filho não verá a vida, MAS SOBRE ELE PERMANCECE A IRA DE DEUS (João 3.36). Quando Paulo tratava sobre o juízo de Deus no capítulo dois de sua carta aos romanos, ele disse que o homem de coração duro e impenitente (que não se arrepende) acumula contra si mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus (Rm 2.5). Observe também que ao chegar no versículo nove, do mesmo capítulo, Paulo diz que tribulação e angústia virão sobre a vida de qualquer homem que faz o mal, mas o judeu será o primeiro da fila a recebe-las.
Quando Paulo se dirigiu aos Tessalonicenses para falar sobre a atitude dos judeus em relação ao Evangelho ele disse que eles infligiam sofrimento aos cristãos da Judeia, e que, não somente tinham matado o Senhor Jesus e os profetas, como também perseguiam os ministros da Nova Aliança. Paulo ainda disse que os judeus não estavam agradando a Deus, e que com tais comportamentos tinham se tornado adversários de todos os homens! (1 Ts 2.14-15). No versículo dezesseis Paulo, finalmente, declara: A ira de Deus sobreveio contra eles de forma definitiva!
A futura Tribulação profetizada nos textos do Antigo Testamento, e também chamada de “o Dia do Senhor”, será um dia de dor e aflição como nunca houve e jamais haverá. “Dias de vingança e de ira contra este povo”. Contudo, depois de ter sido quebrada a resistência do povo escolhido, finalmente ele será salvo (Dn 12.7, Dn 12.1, Jr 30.7).
JUDEUS: INIMIGOS AMADOS
Em Romanos 11 Paulo expõe um elemento chave, crucial para o entendimento do Plano de Deus em relação à Igreja e Israel. Paulo diz que de forma geral os judeus são inimigos em relação ao Evangelho, mas que são amados quanto à eleição, por causa dos patriarcas (Rm 11.28). Sem este ponto de equilíbrio, qualquer pessoa bem-intencionada, mas mal instruída, poderia simplesmente fazer apologia a uma “caça às bruxas” do povo judeu. Ainda que os judeus venham a receber um duro juízo da parte de Deus – pois a quem muito é dado; deste, muito será cobrado – devemos lembrar que será o próprio Deus quem tratará com seu povo e não cristãos imaturos que tenham ficado com raiva de serem perseguidos ou maltratados por eles. Mesmo que os judeus tenham se tornado “inimigos de todos os homens” (1Ts 2.15) ou “inimigos do Evangelho por causa dos cristãos” (Rm 11.28), os cristãos jamais devem ser inimigos dos judeus. O fato de alguém ser meu inimigo não me obriga a ser inimigo dele. Como cristãos devemos amar os nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem. Se alguém nos exclui do seu “círculo de amizades”, devemos ser amáveis e misericordiosos a ponto de “desenharmos um círculo” ainda maior que o inclua dentro do nosso. Ninguém disse que é fácil, mas todo mundo sabe que é bíblico.
Como gentios convertidos não devemos ser ignorantes sobre os planos de Deus para com o seu povo, para que não fiquemos orgulhosos e comecemos a nos vangloriar. Ainda que os judeus tenham parcialmente se posicionado contra o Evangelho e alguns do povo de Israel estejam com o coração endurecido, isso vai durar somente até que se cumpra o tempo de os outros povos entrarem no plano da salvação (Romanos 11.25). Paulo disse que chegará o dia em que todo o Israel será salvo, como está escrito: “virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades” (Romanos 11.26). Jesus também disse algo semelhante a respeito da salvação dos judeus: “Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mateus 23.39, Dn 12.1, Jr 30.7).
Certamente este dia em breve chegará! Deus salve Israel!