A louca interpretação calvinista de Efésios 2.8
Um dos textos incompreendidos pelos calvinistas é Efésios 2.8. Paulo disse que “pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. Há muitos erros na interpretação calvinista desta passagem, como em dezenas de outras também, mas, basicamente, a interpretação calvinista mais popular da passagem é que Paulo estaria supostamente dizendo que “Deus salva quem ele quer e que a fé para a salvação só vai ter a pessoa que Deus quiser que a tenha”. Assim, na na cabeça do calvinista, “a fé seria o dom de Deus para o eleito”. No entanto, o texto está falando que a “salvação é o dom de Deus” e não necessariamente a fé por meio da qual alguém pode ser salvo. Paulo escreveu Efésios 2.8 e Paulo escreveu Romanos 6.23, onde ele disse que “o dom gratuito de Deus é a vida eterna”. A salvação, ou, vida eterna, são dons gratuitos de Deus, disponíveis a todo aquele que crê. Isso é o que a Bíblia ensina.
Infelizmente, pelo fato dos calvinistas seguirem suas próprias filosofias e teorias, eles não conseguem ver aquilo que a Bíblia está realmente dizendo. Eles não têm a capacidade de entender que o texto está simplesmente dizendo que a salvação é uma dádiva divina e não o resultado de um esforço humano. Por isso Paulo acrescenta “não de obras, para que ninguém se glorie”. Na cabeça dos calvinistas, porém, o texto estaria dizendo que “a fé para ser salvo, só tem quem Deus dá”, como se Deus decidisse “quem vai crer e quem não vai” nessa loteria determinista que eles abraçaram. Alegam que Deus teria que salvar alguém por sua própria iniciativa pois “um morto não poderia fazer nada”, uma alusão ao início do capítulo dois de Efésios quando Paulo disse que estávamos “mortos em delitos e pecados”. Porém, a interpretação calvinista para a declaração de Paulo não poderia estar mais longe da verdade, em vários aspectos.
A morte espiritual não tem o significado defendido pelos calvinistas. Estar morto espiritualmente não significa ausência de consciência, não significa ter suas faculdades mentais inoperantes, não significa estar imerso num profundo nada. A morte espiritual ensinada pela Bíblia é a separação e a falta de comunhão com Deus, que é a fonte de toda a vida. Isto é perfeitamente ilustrado na história do filho pródigo, que foi contada por Jesus com o exato objetivo de ensinar como alguém espiritualmente morto poderia voltar a viver.
Na história que Jesus contou, o filho caiu em si, arrependeu-se de suas escolhas e da vida que estava levando e disse consigo mesmo que voltaria para casa do Pai, de onde nunca deveria ter saído. O filho estava totalmente consciente da sua situação e reconheceu sua condição quando se dirigiu ao seu pai dizendo “pequei contra o céu e diante de ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho” (Lucas 15.21). Porém, o pai, num ato de pura bondade e graça, se compadeceu do filho, o abraçou, o beijou e o recebeu com alegria. Estar morto espiritualmente não é a mesma coisa de não ser capaz de se conscientizar da sua condição e se arrepender de seus erros. Da mesma forma, o homem espiritualmente morto está distante da casa do Pai. Está separado e sem comunhão com Deus. Mas quando este ouve a palavra de Deus e se arrepende, confessando Jesus como Senhor, ele faz as pazes com Deus e é recolocado na posição de filho mais uma vez. O filho que estava perdido, é achado. O filho que estava morto, é revivido.
Vale à pena mencionar aqui outro ponto doutrinário que não está necessariamente relacionado ao texto de Efésios 2.8, mas que encontra eco na forma calvinista de pensar sobre o processo da salvação humana. Seguindo basicamente a mesma linha de raciocínio, os calvinistas ousam afirmar que “ninguém pode ter fé se não for salvo primeiro”. A ideia é basicamente a mesma: “o homem estaria morto e por isso incapaz de crer, assim, Deus precisaria agir, por iniciativa própria, determinando a recriação do espírito humano, para que depois o homem pudesse ter fé”. Em outras palavras, com base nessa “lógica”, muitos deles afirmam que primeiro o homem é salvo para depois conseguir crer. Porém, isso é flagrantemente contrário ao que a Bíblia afirma em diversos lugares. Eles simplesmente desprezam o texto do Novo Testamento sobre o assunto e tentam reinventar a Bíblia sem a menor vergonha.
A Bíblia afirma em dezenas de lugares que primeiro a pessoa crê e POR ISSO, ela é salva. Só se torna filho de Deus quem PRIMEIRO recebe Jesus e crê em seu nome, como afirma claramente João 1.12:
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.
Segundo o texto bíblico, quem é feito filho? Aqueles que recebem Jesus, ou seja, os que creem em seu nome!
O texto não diz que primeiro a pessoa se torna filho e depois conseguirá crer porque “Deus lhe dará fé pra isso”. Em João 20.31 está escrito “creiais que Jesus é o Cristo, o filho de Deus, e, crendo, tenhais vida em seu nome”. O texto não está dizendo que o “pecador recebe a vida de Deus primeiro, para depois conseguir crer”. Da mesma forma, Romanos 1.16 diz que o “Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”. Em outras palavras, a pessoa crê PRIMEIRO e assim o poder de Deus entra em operação gerando a salvação.
Não existe essa interpretação calvinista de que “primeiro a pessoa tem que ser salva por meio de uma ação arbitrária de Deus, para que somente depois ela consiga crer”. O que a Bíblia diz é que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10.13). Se um pecador espiritualmente morto não pode ter fé ou invocar a Deus se primeiro não for salvo por uma “intervenção divina”, então, Paulo não sabia absolutamente de nada do que estava falando. Na verdade, os calvinistas é que não sabem de nada! Paulo é suficientemente claro: “o pecador que invocar o nome do Senhor, SERÁ SALVO!”. Ele invoca PRIMEIRO e é salvo DEPOIS. João 3.16 ensina que “quem crer, terá a vida eterna”, mas os calvinistas que inventam suas próprias “verdades”, insistem em dizer que “Deus primeiro salva a pessoa e depois concede a capacidade para que ela tenha fé, pois um morto não pode crer antes de nascer de novo”. Irmãos, ou nós abraçamos a Palavra de Deus com firmeza ou nos tornaremos reféns das invencionices dos homens.
João 3.16
“Deus deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Em absolutamente NENHUM lugar na Bíblia se ensina que Deus salva alguém para que somente então essa pessoa possa ter fé. Muito menos ensina que Deus “salva arbitrariamente alguém ou que ele mesmo coloca a fé no coração de alguém sem que a pessoa queira. A Bíblia ensina que A FÉ VEM pelo ouvir a palavra de Deus e quem crer, será salvo! Tudo que for diferente disso, é de procedência maligna.