A Lei e a Graça
Ministrando a Palavra de Deus com Graça e Muita Alegria!
Este não é um estudo exaustivo sobre as questões bíblicas relacionadas à Lei de Moisés ou à graça de Deus expressa através de Cristo Jesus, mas uma abordagem mais especifica com o propósito de promover um relacionamento mais amoroso entre os irmãos. Um relacionamento mais compassivo, misericordioso e cheio de amor. Por esta razão o texto da mulher apanhada em flagrante adultério serve como pano de fundo para este objetivo.
Quando os escribas e fariseus procuraram Jesus com a mulher apanhada no ato do adultério eles não tinham o menor interesse em fazer aquilo para “agradar a Deus”. A preocupação deles não é “fazer o que Deus deseja”. O texto deixa claro que o objetivo deles é contrastar a abordagem compassiva de Jesus com as ordens diretas de Moisés a respeito da questão. Eles sabiam que Jesus tinha fama de ser amigo de pecadores, amigo de publicanos corruptos e prostitutas. Claro que isso não significava que Jesus aprovasse os comportamentos errados das pessoas com quem tinha contato, mas a verdade é que ele não se esquivava da presença de tais pessoas por se achar superior ou por não querer “manchar sua reputação”, como costumam fazer líderes religiosos. Enquanto o texto citado pelos escribas e fariseus dizia que Moisés havia mandado matar “tais mulheres”, eles sabiam que, pelo que conheciam do perfil ministerial de Jesus, ele faria tudo para deixá-la viver. O objetivo deles era fazer Jesus se pronunciar claramente contra a ordem de Moisés, para terem de que o acusar. Todavia, o que eles não esperavam, era que Jesus conseguisse fazer a mulher viver, não executando-a como Moisés havia determinado, sem necessariamente dizer: “Não façam o que está escrito na Lei de Moisés”.
Jesus havia vindo à terra justamente com o objetivo de estabelecer uma Nova Aliança, um novo tipo de lei. A sua vinda encerraria o período da Lei de Moisés e iniciaria um novo tempo. No entanto, esta Nova Aliança, esta nova lei, só iniciaria depois que Jesus houvesse morrido, sido sepultado, subido aos céus e enviado o Espírito Santo. Durante todo o tempo que o Senhor Jesus esteve na terra, ele ministrou debaixo da Antiga Aliança, sob a Lei de Moisés, que até então, ainda era a “lei de Deus” vigente na época. Exatamente por isso ele não poderia falar abertamente tudo que tinha para falar, pois seria incompreendido e perderia seus ouvintes. Por esta razão ele disse que “vinho novo se conserva em odres novos” e que seria tolice tentar “usar pedaço de pano novo para remendar buraco de tecido antigo”. Ele precisava esperar até que o povo estivesse pronto para ouvir e receber as coisas do Espírito Santo que haveria de vir. Nem para os discípulos ele falava tudo que gostaria. Em certa ocasião ele disse: “tenho muita coisa para vos dizer, mas não podereis suportar ainda; mas quando vier o Espírito Santo ele vos guiará a toda verdade, e nesse tempo vocês vão se lembrar das coisas que eu dizia”. A “lei de Deus”, que até então estava diretamente associada à Lei de Moisés, só iria mudar quando houvesse uma mudança no sacerdócio instituído por Deus, como explica o autor de Hebreus ao dizer que somente “quando se muda o sacerdócio, que se faz necessária uma mudança na lei” (Hebreus 7.12). Quando Jesus estava na terra nem sacerdote ele poderia ser de acordo com a Lei de Moisés, pois o mesmo era da tribo de Judá, tribo a respeito da qual Moisés nunca atribuiu sacerdócio (Hebreus 7.13,14). Por causa de questões dessa natureza, Jesus tinha que andar “pisando em ovos” em suas declarações e abordagens, pois seu objetivo era “cumprir as preceitos da Lei durante a sua crucificação no Calvário e não revogá-la antes do seu pleno cumprimento profético”.
A Lei de Moisés não havia sido dada com o objetivo de justificar, e sim com o objetivo de condenar! Exatamente por isso, para “cumprir a lei”, Jesus seria condenado, amaldiçoado por Deus na cruz de acordo com os símbolos proféticos da Lei. Por isso Paulo explica que “ele se fez maldito em nosso lugar; poque está escrito:…
Este não é um estudo exaustivo sobre as questões bíblicas relacionadas à Lei de Moisés ou à graça de Deus expressa através de Cristo Jesus, mas uma abordagem mais especifica com o propósito de promover um relacionamento mais amoroso entre os irmãos. Um relacionamento mais compassivo, misericordioso e cheio de amor. Por esta razão o texto da mulher apanhada em flagrante adultério serve como pano de fundo para este objetivo.
Quando os escribas e fariseus procuraram Jesus com a mulher apanhada no ato do adultério eles não tinham o menor interesse em fazer aquilo para “agradar a Deus”. A preocupação deles não é “fazer o que Deus deseja”. O texto deixa claro que o objetivo deles é contrastar a abordagem compassiva de Jesus com as ordens diretas de Moisés a respeito da questão. Eles sabiam que Jesus tinha fama de ser amigo de pecadores, amigo de publicanos corruptos e prostitutas. Claro que isso não significava que Jesus aprovasse os comportamentos errados das pessoas com quem tinha contato, mas a verdade é que ele não se esquivava da presença de tais pessoas por se achar superior ou por não querer “manchar sua reputação”, como costumam fazer líderes religiosos. Enquanto o texto citado pelos escribas e fariseus dizia que Moisés havia mandado matar “tais mulheres”, eles sabiam que, pelo que conheciam do perfil ministerial de Jesus, ele faria tudo para deixá-la viver. O objetivo deles era fazer Jesus se pronunciar claramente contra a ordem de Moisés, para terem de que o acusar. Todavia, o que eles não esperavam, era que Jesus conseguisse fazer a mulher viver, não executando-a como Moisés havia determinado, sem necessariamente dizer: “Não façam o que está escrito na Lei de Moisés”.
Jesus havia vindo à terra justamente com o objetivo de estabelecer uma Nova Aliança, um novo tipo de lei. A sua vinda encerraria o período da Lei de Moisés e iniciaria um novo tempo. No entanto, esta Nova Aliança, esta nova lei, só iniciaria depois que Jesus houvesse morrido, sido sepultado, subido aos céus e enviado o Espírito Santo. Durante todo o tempo que o Senhor Jesus esteve na terra, ele ministrou debaixo da Antiga Aliança, sob a Lei de Moisés, que até então, ainda era a “lei de Deus” vigente na época. Exatamente por isso ele não poderia falar abertamente tudo que tinha para falar, pois seria incompreendido e perderia seus ouvintes. Por esta razão ele disse que “vinho novo se conserva em odres novos” e que seria tolice tentar “usar pedaço de pano novo para remendar buraco de tecido antigo”. Ele precisava esperar até que o povo estivesse pronto para ouvir e receber as coisas do Espírito Santo que haveria de vir. Nem para os discípulos ele falava tudo que gostaria. Em certa ocasião ele disse: “tenho muita coisa para vos dizer, mas não podereis suportar ainda; mas quando vier o Espírito Santo ele vos guiará a toda verdade, e nesse tempo vocês vão se lembrar das coisas que eu dizia”. A “lei de Deus”, que até então estava diretamente associada à Lei de Moisés, só iria mudar quando houvesse uma mudança no sacerdócio instituído por Deus, como explica o autor de Hebreus ao dizer que somente “quando se muda o sacerdócio, que se faz necessária uma mudança na lei” (Hebreus 7.12). Quando Jesus estava na terra nem sacerdote ele poderia ser de acordo com a Lei de Moisés, pois o mesmo era da tribo de Judá, tribo a respeito da qual Moisés nunca atribuiu sacerdócio (Hebreus 7.13,14). Por causa de questões dessa natureza, Jesus tinha que andar “pisando em ovos” em suas declarações e abordagens, pois seu objetivo era “cumprir as preceitos da Lei durante a sua crucificação no Calvário e não revogá-la antes do seu pleno cumprimento profético”.
A Lei de Moisés não havia sido dada com o objetivo de justificar, e sim com o objetivo de condenar! Exatamente por isso, para “cumprir a lei”, Jesus seria condenado, amaldiçoado por Deus na cruz de acordo com os símbolos proféticos da Lei. Por isso Paulo explica que “ele se fez maldito em nosso lugar; poque está escrito: maldito aquele que for pendurado no madeiro”. De fato, ele foi ferido de Deus, traspassado, moído, castigado e punido. A Deus agradou moê-lo pois a nossa paz dependeria do castigo divino que seria derramado sobre ele na crucificação. Este evento consumaria todas as figuras proféticas exigidas pela Lei de Moisés, que havia sido dada não para justificar, e sim para condenar.
Até hoje muitos cristãos não entendem o que Jesus quis dizer quando disse que veio para “cumprir a lei” (Mateus 5.17,18). Alguns pensam que Jesus quis dizer que tinha vindo para “praticar tim-tim por tim-tim do que estava escrito na lei”. Mas as Escrituras parecem indicar que não era esse o sentido que Jesus tinha em mente quando proferiu aquelas palavras sobre a Lei e o seu cumprimento. Acredito que apenas três textos já são suficientes para nos ajudar a entender o significado bíblico para a expressão “cumprimento da lei” usada por Jesus no texto de Mateus 5.
Antes da Cruz:
Lucas 18.31
Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que SUBIMOS para JERUSALÉM, e VAI CUMPRIR-SE ALI tudo quanto ESTÁ ESCRITO POR INTERMÉDIO DOS PROFETAS, no tocante ao Filho do Homem;Na Cruz:
Atos 13.29
Depois de CUMPRIREM TUDO o que a respeito dele ESTAVA ESCRITO, TIRANDO-O DO MADEIRO, puseram-no em um túmulo.Depois da Cruz:
Lucas 24.44
A seguir, Jesus lhes disse: São estas AS PALAVRAS QUE EU VOS FALEI, estando ainda convosco: IMPORTAVA SE CUMPRISSE tudo o que de mim está ESCRITO NA LEI DE MOISÉS, nos Profetas e nos Salmos.
Veja que estes textos apontam para o cumprimento da Lei como um acontecimento pontual, e, como demonstram os textos, isso aconteceu na crucificação! Por isso Jesus, na cruz, deu o brado: “Está consumado!”. Com este brado Jesus fazia menção à consumação ou cumprimento da Lei. Ele houvera falado que tinha vindo para cumpri-la, e aquele era o verdadeiro sentido a que ele se referia. A Lei se consumava ali, em Jerusalém, na cruz do Calvário! A lei, que havia sido dada para condenação e não justificação, teve seu cumprimento profético pleno na crucificação de Jesus, quando este foi condenado em nosso lugar.
Daí, alguém poderia perguntar: “Se a Lei de Moisés não deveria perdurar para sempre, e seria encerrada na crucificação do Cordeiro de Deus, qual pois a razão de ser da lei?”. Paulo responde dizendo:
Gálatas 3.19
Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi ADICIONADA por causa das transgressões, ATÉ que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador.
Veja que Paulo disse que a lei foi, na verdade, um “acréscimo temporário com prazo de validade”. Adicionada, até que Cristo viesse! Não é por outra razão que as Escrituras ensinam que “o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10.4).
Jesus, depois de conseguir salvar a vida daquela pecadora que merecia a morte pela Lei de Moisés, se volta para ela e a despede em paz dizendo “não peques mais”. Nesse episódio Jesus expressa o coração, a essência, da nova lei que viera implantar para substituir a lei de Moisés: o amor do tipo de Deus. Como diria João, a lei foi dada por meio de Moisés, mas a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo (João 1.16,17). O amor é o novo mandamento! A nova lei!
Observe, porém, que este mandamento do amor que nos foi deixado por Cristo não é “amar o próximo como a nós mesmos”. Muita gente boa, que se encontra nas igrejas cristãs espalhadas pelo mundo, até hoje, ainda pensa que este é o novo mandamento. Mas, como um mandamento antigo poderia ser considerado novo? Afinal, este mandamento está escrito em Levítico 19.18: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os FILHOS DO TEU POVO; mas AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO”. “Amar o próximo como a si mesmo” segue o padrão limitado das coisas da lei! Veja que este mandamento de Levítico diz para “amar o próximo”, mas não inclui amor aos inimigos, amor a qualquer pessoa, amor aos que nos perseguem. Além disso, o mandamento fala sobre “amar o próximo como eu me amo”, ou seja, um tipo de amor humano normal, que nem sempre satisfaz os padrões divinos. Por isso este não poderia jamais ser o novo mandamento para os cristãos da Nova Aliança.
Até hoje muita gente ainda se confunde com textos do Novo Testamento que falam sobre amar o próximo como a si mesmo, pois não observam o contexto no qual eles estão inseridos, e assim, acreditam que tais textos estão confirmando a ideia de que “amar o próximo como a si mesmo” é realmente o novo mandamento da Nova Aliança confirmado pelas Escrituras neotestamentárias.
Alguns dos textos que citam, pensando que os tais confirmam que “amar o próximo como a si mesmo é o novo mandamento da Nova Aliança”, podem ser vistos logo abaixo:
Mateus 22:36-40
36 Mestre, qual é o grande mandamento NA LEI? 37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. 38 Este é o grande e primeiro mandamento. 39 O segundo, semelhante a este, é: AMARÁS o TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO. 40 Destes dois mandamentos dependem TODA A LEI e os Profetas.Gálatas 5.14
Porque toda a LEI se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.Romanos 13.8-10 8
A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem CUMPRIDO a LEI. 9 Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: AMARÁS o TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO. 10 O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o CUMPRIMENTO da LEI é o amor.
Talvez as pessoas não tenham percebido que estes textos se referem a questões conceituais relacionadas à essência da Lei e não da Nova Aliança. As palavras que fiz questão de deixar em caixa alta tem o objetivo de chamar a atenção do leitor para esse fato. Todos os contextos estão tratando sobre aquilo que é o essencial DA LEI e não sobre o NOVO mandamento, da Nova Aliança. Observe:
- Qual o grande mandamento DA LEI? O segundo maior mandamento é: AMARÁS o TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO;
- Porque A LEI se cumpre em um preceito: amar o próximo como a si mesmo;
- Quem ama o próximo tem cumprido A LEI.
O que as Escrituras estão ensinando nos textos acima é que “amar o próximo como a si mesmo” é a essência da lei, mas não é o novo mandamento. O novo mandamento está claramente registrado nas palavras de Jesus no Evangelho de João:
João 13.34
NOVO MANDAMENTO vos dou: que VOS AMEIS UNS AOS OUTROS; ASSIM COMO EU VOS AMEI, que também vos ameis uns aos outros.João 15.12
O MEU MANDAMENTO é este: que VOS AMEIS UNS AOS OUTROS, ASSIM COMO EU VOS AMEI.
O mandamento de Cristo, que é o NOVO mandamento, não é “amar o próximo como nos amamos”, mas “amar os outros COMO ELE nos ama”. Primeiro, não podemos amar somente os próximos, os vizinhos, os conterrâneos, os amigos. Nos padrões da Nova Aliança devemos amar inimigos e perseguidores. Além disso, Não é amar “como nos amamos”, mas amar COMO ELE ama! O amor que Jesus expressou pela mulher apanhada em flagrante adultério serve de parâmetro ou referência sobre como devemos amar os outros ao nosso redor.
Muita gente diz saber que “é pecado fazer aquilo que é proibido”, mas poucos compreendem que também é pecado NÃO FAZER aquilo que é exigido. Muitos gostam de falar sobre aqueles que “fizeram o que não deveriam”, mas poucos são os que percebem os erros dos que “não fazem o que deveriam”. Tiago diria que “aquele que SABE QUE DEVE FAZER o bem e não o faz nisso está pecando” (Tiago 4.17). É pecado FAZER o que é PROIBIDO, mas também é pecado NÃO FAZER o que é EXIGIDO. O mandamento que Cristo deixou é que devemos amar os outros como ele; sendo assim, não amar as pessoas como Cristo amou, é pecado!