Uma mulher cristã abandonada pelo marido não pode casar novamente?
PERGUNTA:
Há duas divorciadas aqui na igreja, elas podem casar novamente? Uma delas por abandono e a outra por adultério! Há quem diga que se alguém “casar com a mulher repudiada estará cometendo adultério”. Como é isso?
RESPOSTA:
Vou te dar minha resposta supondo que uma delas tenha sido abandonada pelo marido e a outra traída e, depois, igualmente abandonada, pelo seu respectivo marido.
Em Mateus 5.31-32 Jesus falou o seguinte “foi dito que aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério”. O que Jesus está dizendo no texto é relativamente simples. Em outras palavras, ele está dizendo que, segundo seu ponto de vista, os casais não devem se separar, ponto! Com exceção em caso de traição por parte de um dos cônjuges. Como base em textos como Mateus 19.4-6, sabemos que Jesus pregava contra o divórcio e a favor da união matrimonial permanente. Sendo assim, quando olhamos para o trecho final do texto de Mateus 5 que diz “aquele que casar com a repudiada comete adultério” só pode significar o óbvio: após o casamento, homem e mulher não são mais dois, pois tornaram-se um só, e isso não deve ser separado. Daí, quando um homem abandona sua mulher ele a “expõe a tornar-se adúltera”, pois sozinha ela pode acabar se envolvendo com outro homem, e esta nova relação, se acontecer, será considerada adultério.
Certa vez vi alguém dizendo que havia uma diferença cultural entre “repúdio” e “adultério” e que Jesus não estava recriminando segundos casamentos desde que as pessoas ao se casarem uma segunda, terceira ou quarta vez estivessem devidamente divorciadas. Tal pessoa defendia a ideia que Jesus estava dizendo que seria errado casar uma segunda vez se tivesse acontecido apenas o “repúdio”, que seria algo semelhante ao que chamamos em nossa cultura de “separação de corpos” quando os dois continuam legalmente casados. Todavia, se a pessoa estivesse corretamente divorciada, não teria problema casar uma segunda vez. Bem, ainda que possa haver qualquer diferença real entre os termos traduzidos por “repúdio” e “divórcio” em nossas Bíblias, acredito que Jesus foi suficientemente claro; dispensando, assim, qualquer informação adicional além das que já estão presentes no texto bíblico.
Em Mateus 5 Jesus disse claramente que “um homem temente a Deus só poderia repudiar sua mulher em caso de traição sexual da parte dela”, ou seja, se ela tivesse se envolvido em relações sexuais ilícitas. Se repudiar não é o mesmo que divorciar-se, como acreditam alguns, já que o homem não pode sequer repudiar a mulher se não tiver sido traído, então, que desculpa ele usaria para poder se divorciar? Além disso, Jesus estava se posicionando contra o divórcio e não a favor dele! Ele disse que antigamente se falava que se o homem repudiasse sua mulher que lhe desse carta de divórcio, mas que agora o homem não deveria mais se separar (com ou sem carta de divórcio) pois deviam lembrar que Deus os fez para serem um!
Dizer que uma mulher abandonada pelo seu marido estará cometendo adultério por casar-se com outra pessoa é uma interpretação perigosa que alguns fazem de versículos isolados. Afinal, se a mulher foi abandonada pelo marido, que foi embora para viver uma vida mundana de liberdade sexual (ou que saiu de casa para juntar-se com outra mulher), ela não estaria livre para casar novamente já que a única exceção dada por Jesus para um novo casamento é exatamente a relação ilícita praticada por um dos cônjuges? Se o marido a deixou por outra, se o marido fez sexo com outra, ele praticou as tais “relações sexuais ilícitas” que é a exceção dada por Cristo para um possível novo casamento (Mateus 19.9).
Afinal de contas, seria justo (faria algum sentido?) Jesus dizer que se um marido adulterar e deixar sua mulher pela amante, a pobre da mulher abandonada ainda estaria em pecado se tentasse casar uma segunda vez? Essa é uma interpretação do inferno, isso sim! E, infelizmente, algumas denominações tem mesmo colocado este julgo sobre os irmãos. Dá pra imaginar um negócio desses? A pessoa além de traída e abandonada, ainda tem que ficar sozinha pelo resto da vida? E ainda tem quem diga que ela poderá casar de novo se este homem que a traiu e abandonou vier a morrer um dia, já pensou?
A verdade a respeito do assunto é a seguinte: Marido e mulher não devem se separar por qualquer motivo (Mateus 19.3); e se um marido repudiar sua mulher, não sendo porque ela o traiu sexualmente, e casar com outra ele estará cometendo adultério (Mateus 19.9). Veja que o homem só cometerá adultério se deixar sua mulher e CASAR COM OUTRA sem um motivo justo, que, segundo Cristo, seria uma traição sexual.
Daí alguém poderia perguntar: e se este marido deixar sua mulher e não casar com outra mulher? Se ele simplesmente se separar e não casar novamente? Bom, Jesus disse que ele não deveria fazer isso, pois agora não são mais dois, porém uma carne só. Todavia, se ele deixar sua mulher e não casar com outra, ele não estaria cometendo ADULTÉRIO pelo fato de ter abandonado sua esposa. Paulo chegou a dizer que, em certos casos, se isso vier a acontecer (de dois servos de Deus se separarem), que então não se casem, ou, que se reconciliem com seus cônjuges (1 Coríntios 7.11). Ou seja, Paulo falou sobre a real possibilidade de uma separação desde que não haja um novo casamento.
Sendo assim, um marido deixar sua mulher ou a mulher deixar seu marido não os transforma em adúlteros, AUTOMATICAMENTE. O adultério é a relação sexual ilícita praticada por um dos cônjuges com outra pessoa e não a “simples” separação de corpos entre os casados.
Claro que uma mulher sem seu marido estará exposta a uma situação na qual ela pode tornar-se adúltera, caso se envolva com algum homem que não seja seu marido, como Jesus bem explicou; mas ela não “vira” adúltera por que o marido a deixou!
Então, na situação hipotética de um casal de cristãos separados, se não houver reconciliação e um dos dois casar com outra pessoa, este que casar estará cometendo adultério. Nenhum dos dois terá adulterado se apenas tiverem se separado, mas qualquer um dos dois que se casar com outra pessoa depois da separação estará cometendo adultério. É por isso que Jesus disse que “qualquer que repudiar sua mulher, a expõe a tornar-se adúltera” e, claro, quem casar com a mulher abandonada de outro homem também estará cometendo adultério (Mateus 5.32).
Todavia, se um homem traído pode casar com outra mulher sem ser adúltero, por que uma mulher traída não poderia casar com outro sem ser adúltera? Ou seja, se um homem deixa sua mulher para casar ou ficar com outra, ele estará adulterando e a mulher abandonada (traída) pode casar com outro sem estar cometendo adultério, pois afinal, quando seu ex-marido se juntou com outra mulher, ele praticou relações sexuais ilícitas dando a ela o direito de casar novamente.
Se o marido apenas discutiu com a mulher e estão numa fase de desentendimento; e ele, por alguma razão, saiu de casa, mas não ficou com outra mulher, ela não deve casar ou se juntar com outro homem, porque neste caso ela estaria cometendo adultério. A mulher abandonada só vai ser adúltera SE ela for a primeira a quebrar os votos matrimoniais do relacionamento.
RESUMO DA ÓPERA:
- Cristãos não deveriam se separar por qualquer motivo;
- Relação sexual ilícita é um motivo que justifica a separação e um novo casamento;
- Se houver traição, o cônjuge traído não é obrigado a continuar no casamento, mas também não é obrigado a separar;
- O cristão traído DEVE perdoar, mas NÃO É OBRIGADO a continuar casado com a pessoa que o traiu;
- Mesmo perdoando, o crente traído pode separar-se e até casar novamente;
- Um cristão traído pode perdoar e continuar casado com a mesma pessoa e restaurar o casamento;
- Se cristãos se separam sem ser por traição sexual, não devem se casar com outras pessoas; a não ser que seja uma reconciliação com seu antigo cônjuge;
- Se uma mulher trair seu marido, ele pode separar dela e casar com outra mulher sem estar cometendo pecado por isso;
- Se um marido deixar sua mulher para ficar ou casar com outra, sem que a esposa o tenha traído, ele é quem estará cometendo adultério e, NESTE CASO, a mulher traída (abandonada), pode casar com outra pessoa;
- Se um marido deixa sua mulher e não fica, não se envolve, e nem casa com outra, a mulher abandonada está EXPOSTA a uma situação onde ela pode se tornar adúltera se casar com outro homem, e o homem que se casar com uma mulher nesta situação também será culpado de adultério.
Além de tudo isso, é bom lembrar que o adultério é pecado, mas não é o pecado sem perdão. Todavia, o perdão de Deus para o indivíduo que comete o adultério nem sempre irá restaurar todas as coisas em sua vida espiritual, social ou emocional, pois quando famílias são desfeitas e novas estruturas de relacionamentos construídas, muitas barreiras se levantam na estrada da vida por onde uma pessoa com uma história assim vai ter que caminhar.
19 Comentários
Muito obrigada por este texto esclarecedor. Me ajudou muito. Que Deus te ilumine.
A paz do Senhor
A paz Pastor! Meu esposo me traiu várias vezes em 6 anos de casamento, até que, me abandonou para morar com outra mulher, há 1 ano e 3 meses estou sozinha, sobre o julgo de ser adúltera, se me casar novamente, pela explicação acima, posso me casar novamente e formar minha família em Cristo, sem ser adúltera? Não pude nem ser mãe devido a postura dele mas, sonho em formar minha família sem desagradar ao Senhor. Dese já obrigada pelo retorno!
Muito obrigado pela explicação Pr Natan , minha namorada foi abandonada e hoje divorciada e eu gostaria muito de casar-se com ela, só que eu estava vivendo uma guerra comigo mesmo, pois pessoas me falaram que não poderíamos casar, fiquei muito abatido e triste até perturbado, cheguei a ficar sem rumo, mas fui atrás de pesquisas na Bíblia e acabei me continuando com a dúvida, mas hoje posso dizer que estou aliviado e hoje mesmo vou comprar as alianças, graças a Deus e as suas palavras!
Deus abençoe a todos!
Em caso que a mulher divorciou por agressões físicas e suspeita de traição, e o ex marido após isso se casou com outra. Essa mulher pode se casar novamente?
Boa tarde pastor. Gostaria de saber algo. Antes de casar eu não era crente, depois de 5 anos de casada meu ex-marido me traiu várias vezes; e me espancou que chegou a me deixar de coma. Pedi o divórcio e ele me deu já casado com outra. Depois de 5 anos sem ninguém eu conheci outra pessoa, mas a gente não casou, só morávamos juntos, e com ele eu tive uma filha, mas já vai fazer 4 anos que ele morreu. Já fiz 4 anos de viúva e sou crente, mas, na igreja que vou, o pastor fala que não posso casar enquanto meu primeiro marido não morrer. Depois de tudo que passei devo ficar sozinha.
Oi querida, tudo bem? Olha, na verdade, essa é uma interpretação equivocada que alguns irmãos fazem sobre a relação conjugal no mundo cristão. A razão pela qual alguns pastores dizem que uma mulher deve esperar que um primeiro marido morra para que possa casar é porque eles acham que isso é o que a Bíblia diz e também porque desta forma estariam honrando a importância do casamento. No entanto, nenhuma das duas coisas está completamente correta. Primeiro, as Escrituras ensinam que existem outras razões porque uma mulher, ou homem, pode separar e casar novamente. Um cristão abandonado por um cônjuge que sai do lar não está sujeito à servidão dos votos matrimoniais com uma pessoa que o largou de forma consciente. Se a pessoa abandonada não pode mais casar, mesmo tendo sido largada, obviamente ela estará vivendo como escrava de uma situação que não foi ela mesma quem provocou e a essência do texto em 1 Coríntios 7.15 é que “o cristão abandonado não fica sujeito à escravidão”. Ora, se a pessoa além de ser abandonada ainda tivesse a obrigação de viver só, isso seria um dos piores tipos de servidão que poderíamos imaginar. É claro que o cristão abandonado tem o direito de casar novamente, se sentir a necessidade. Lembrando que o casamento do qual estou falando não é simplesmente “juntar-se com outra pessoa” (Sobre a diferença entre a união de corpos e o casamento bíblico, você pode ler aqui: https://natanrufino.com.br/textos/sexualidade/a-uniao-sexual-e-o-casamento-biblico-2/). Em segundo lugar, o relacionamento conjugal é um chamado divino para a paz (1 Co 7.15), dizer que uma mulher não pode divorciar do marido, mesmo quando o marido a espanca, humilha e abusa da sua vida, é um absurdo e uma afronta contra o próprio casamento. O argumento é que “o casamento é muito sagradao para ser desfeito”… ora, se o casamento é mesmo muito sagrado, então um cristão não pode aceitar que o casamento seja ultrajado através de espancamentos e humilhações degradantes. É justamente porque o casamento é sagrado que um cristão não deve se submeter a situações opostas ao que o casamento bíblico realmente é. Se a senhora está numa congregação de irmãos que acredita que deve transformar a vítima em culpada “em honra à Palavra de Deus”, talvez a senhora deva considerar a possibilidade de congregar num lugar mais cristão.
Se a separação for por violência, digo a ponto de quase morte, a mulher tem que permanecer mesmo que custe sua vida, ou pode se divorciar?
Claro que sim! Não apenas isso, entregue esse homem à polícia e faça ele ser preso. O relacionamento conjugal é um chamado divino para a paz (1 Co 7.15), dizer que uma mulher não pode divorciar do marido, mesmo quando o marido a espanca, humilha e abusa da sua vida, é um absurdo e uma afronta contra o próprio casamento. O argumento é que “o casamento é muito sagradao para ser desfeito”… ora, se o casamento é mesmo muito sagrado, então um cristão não pode aceitar que o casamento seja ultrajado através de espancamentos e humilhações degradantes. É justamente porque o casamento é sagrado que um cristão não deve se submeter a situações opostas ao que o casamento bíblico realmente é. Se a senhora está numa congregação de irmãos que acredita que deve transformar a vítima em culpada “em honra à Palavra de Deus”, talvez a senhora deva considerar a possibilidade de congregar num lugar mais cristão.
Pastor e no caso de divórcio de pessoas que não eram cristãs e depois se converteram?
Pastor, se a mulher foi traída e ainda no casamento também traiu o marido e separou, ela estará adulterando se casar novamente?
Adultério é uma relação extra conjugal cometida por alguém casado. “Viver em adultério” é manter uma relação assim ao longo da vida. Uma pessoa que adulterou, se arrependeu e mudou de vida não pode ser considerada “adúltera”. Adulterar é diferente de ser adúltero. Acontecimentos pontuais na linha do tempo da vida de alguém não o transformam em um “adúltero vitalício”. Alguns dos problemas que enfrentamos na comunidade cristã hoje em dia em relação a questões de adultério estão mais relacionados às interpretações de Mateus 5.32 do que ao pecado de adultério em si. Quando Jesus falou à mulher surpreendida em flagrante adultério ele disse: “vai e não peques mais”. O “vai” de Jesus se relaciona com um novo futuro independente do passado, fala sobre seguir em frente e não em ficar olhando para trás; a parte do “não peques mais” mostra que ele considerava o comportamento anterior dela como pecado, mas sugeriu que ela não pecasse novamente. Esse é o alvo que Jesus oferece e é assim que devemos procurar viver. Se um segundo casamento nessa situação específica que você exemplificou for pecado, um dia essa mulher (e o homem) prestarão contas diante de Cristo pelo bem e pelo mal que praticaram por meio do corpo.
Pastor meu marido saiu de casa e se divorciou mais acredito que já estava com outra. Mais é menos de um mês de divórcio colocou na Internet que vai se casar novamente.. Estou orando pois o amo ainda um casamento de 14 anos entre namoro e casamento.. Eu não poderia voltar a se casar com ele novamente.. Creio que ele já caiu em pecado ela… Mais eu o amo e meu filho está sofrendo muito ele tem 8 anos coma ausência do pai.. Pastor como quero minha família de volta eu não fiz nada de errado ele que vivia na Internet.. Foi lá que arrumou o que devo fazer.. Já orei mais esse sentimento de amor por ele não acaba
Parece que só cresce..
O que você “deve” fazer é uma pergunta difícil de ser respondida, mas o que você PODE fazer é mais fácil de se falar. Você pode se divorciar, você pode perdoar e esquecer, você pode cuidar da sua vida e do seu filho, você pode se esforçar em Cristo e na Palavra para que isso não atrapalhe todo o restante da sua vida. Apegue-se às Escrituras e a Cristo, e se você tiver a sorte de congregar numa igreja onde as pessoas pratiquem a essência do Cristianismo procure contar com a ajuda e comunhão que os irmãos podem oferecer.
Muito boa explicação pastor! Estou passando por isso. Meu marido me traiu, saiu de casa e está com outra, mas não divorciamos. Temos um filho de 9 anos um casamento de 14 anos e entre namoro, noivado e casamento 18 anos. É tem quase 3 anos q saiu de casa.
Ele se desviou! Antes era cristão e me acompanhava em ministério e era ministro de louvor. Lamentável! Mas eu tenho orado. Pois eu o perdoei e aceitaria restaurar minha família.
Entendo querida. Fico feliz em saber que você entendeu o texto por mim publicado. Um abraço.
Pastor, no caso de uma mulher que antes de se tornar cristã traiu seu marido que também não era cristão. Eles se divorciaram. Depois essa mulher se arrepende e se converte ao Senhor, mas seu esposo já tem outra família. Se essa mulher casar novamente está pecando ou adulterando?
Não. Não será pecado se ela vier a casar novamente.
Penso que um cristão não pode ser considerado culpado por pecados que cometeu antes de fazer Jesus Senhor de sua vida. Até para pecados cometidos por crentes a Bíblia oferece solução, então não sei é justo aplicar essa “rigidez moral retroativa”, onde todo o passado da pessoa é escrutinado e julgado. Assim, por mais que sintamos pesar por erros que tenhamos cometido ao longo da vida há coisas sobre as quais não podemos fazer muita coisa e o arrependimento sincero em si, já é o melhor que podemos oferecer. Um dia prestaremos conta diante de Deus de tudo que tivermos feito em nossa vida terrena, mas há coisas que não podemos mudar pois não depende unicamente de nós. Se a mulher do exemplo que você deu deseja casar não vejo porquê condená-la por causa de erros de um passado distante, quando nem sequer cria ou conhecia sobre Jesus.